quarta-feira, 18 de junho de 2008

Taffarel


Claúdio André Taffarel sabia desde pequeno que dedicaria sua vida ao esporte. Na infância, quase escolheu o vôlei como modalidade, mas só se tornou ídolo nacional colocando suas mãos a serviço do futebol.
Começou sua carreira no Internacional/RS em 1984, passou pelas seleções de base e se destacou na conquista da medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Seul. Em 90, disputou sua primeira Copa do Mundo, aos 24 anos de idade. Transferiu-se para o Reggiana da Itália e seguiu construindo sua carreira. Passou também pelo Atlético-MG e virou ídolo na Turquia ao conquistar a Copa da Uefa pelo Galatassaray em 2000.

Apesar de ter feito vários milagres por onde passou, Taffarel nunca foi uma unanimidade. Mesmo depois de ter se consagrado na disputa por pênaltis na final da Copa do Mundo de 94, muitos críticos o classificavam como um 'frangueiro' que tinha sorte nas decisões.

Sempre tranqüilo, o goleiro provou o contrário, conquistando títulos e colecionando boas atuações. Disputou três copas do mundo e venceu uma.

Cansado das pressões, se recusou a se apresentar depois de ser convocado por Wanderley Luxemburgo em 99. Com uma carta educada à CBF, ele se despediu para sempre da seleção brasileira. Suas conquistas, no entanto, nunca serão esquecidas.

Suas maiores frustrações foram a derrota na final da Copa do Mundo de 98 e da Copa América de 95, para o Uruguai.

Chegou até a receber críticas do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que o acusou de ter falhado em algumas partidas. Depois, deu a volta por cima ao ser convocado por Zagallo para o Mundial da França, onde mais uma vez se consagrou na inesquecível disputa de pênaltis contra a Holanda. Naquele ano, o Brasil acabou sendo vice campeão.

Em final decarreira e longe dos holofotes no Brasil, Taffarel voltou a brilhar recentemente. Na disputa da Copa da Itália de 2002, conquistou mais um título. Defendendo as cores do Parma, ele ajudou a equipe a vencer a competição.

Apesar de ser lembrado pela conquista do Mundial de 94, Taffarel começou a fazer milagres logo no início da carreira. Em 1985, pela seleção de juniores, ele defendeu um pênalti contra a Nigéria. Graças a sua sorte e elasticidade, o Brasil venceu aquele Mundial.

Nas semifinais das Olimpíadas de Seul, em 1988, outro feito heróico. A seleção empatava com a Alemanha em 1 a 1. Geovani cometeu um pênalti em Klismann. Wolfgang cobrou e Taffarel defendeu a dez minutos do final. Na disputa de pênaltis, ele voltou a brilhar. Defendeu os chutes de Janssen e Wuttke. O atacante Klinsmann chutou na trave.

Na Copa do Mundo de 1994, brasileiros e italianos ficaram nervosos naquela final dura e sem gols. Frio, Taffarel defendeu a cobrança de Massaro. Baresi e Baggio ainda chutaram para fora. O Brasil era tetracampeão.

Quando todos pensavam que Taffarel havia se tornado um goleiro obsoleto, outra disputa por pênaltis na Copa de 98 entrou para a história. Desta vez, o adversário era a Holanda. Cocu e Ronald de Boer não conseguiram marcar graças a mais dois milagres de Taffarel.

Pelos clubes que passou, Taffarel também fez jus à fama. Em 2000, por exemplo, o Galatassaray levou a decisão da Copa da Uefa contra o Arsenal para os pênaltis. Lá estava o brasileiro para defender o time turco. Suker e Vieira acertaram a trave, mostrando que a sorte também é decisiva para um goleiro.


Nenhum comentário: